Porto Alegre, sábado, 07 de setembro de 2024
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Hospitais de referência para covid-19 em Porto Alegre operam quase no limite e já adotam medidas emergenciais; Sul 21

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Maior UTI de Porto Alegre, Hospital de Clínicas já não tinha capacidade para receber novas internações por covid-19 nesta segunda | Foto: Luiza Castro/Sul21

 

 

Às 18h desta segunda-feira (20), os hospitais de Porto Alegre registravam uma taxa de 90,32% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que, dos 756 leitos disponíveis na cidade, 281 eram ocupados por pacientes que testaram positivo para covid-19 e outros 43 por pacientes ainda considerados como suspeitos. Levando em conta apenas as três principais unidades de referência para o tratamento de covid-19 na rede pública, a taxa de ocupação é superior, variando entre 93,33% e 95,38%.

Instituição com o maior capacidade de leitos de UTI da Capital, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) operava na tarde desta segunda com 95,33% de ocupação dos seus 152 leitos de UTI adulto operacionais, sendo que 87 deles eram ocupados por pacientes que testaram positivo para covid-19 e outros quatro por pacientes considerados suspeitos.

Em nota divulgada nesta segunda, o HCPA informa que está adotando medidas referentes à fase 4 do Plano de Contingência Coronavírus (PCCo). Isso significa o fechamento de mais salas no Bloco Cirúrgico e Centro Cirúrgico Ambulatorial; a limitação de cirurgias e procedimentos diários, o que inclui casos considerados como essenciais; a suspensão de todos os transplantes não urgentes; a convocação do corpo clínico para atuação em outras funções; e o fechamento de associações internas que funcionam no hospital.

O HCPA informa ainda que a manutenção da taxa de ocupação de leitos de UTI entre 95% e 98%, verificada nos últimos dias, impossibilita o hospital de receber novos casos, pois a capacidade ociosa do momento supre apenas a demanda de pacientes já internados. Segundo o Clínicas, o Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint) registrava na manhã desta segunda 41 pedidos por leitos de CTI-covid. “Esta situação se reproduz nos outros hospitais da rede, retardando a admissão desses pacientes nos CTIs, o que agrava sua condição clínica”, diz nota do hospital.

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