Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Sob Mendonça, órgão federal que investiga crime organizado e pedofilia passa a monitorar opositores; O Estado de São Paulo

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Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça produziu dossiê sobre servidores e professores identificados como integrantes do 'movimento antifascismo'. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, André Mendonça Foto: Dida Sampaio / Estadão

 

 

Criada na gestão do ex-juiz Sérgio Moro com a missão de integrar operações policiais contra o crime organizado, redes de pedofilia, homicidas e crimes cibernéticos, a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi remodelada e, sob comando de André Mendonça, começou a ter como foco a investigação e produção de relatórios sigilosos a respeito de opositores políticos do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme revelou o Blog do Rubens Valente, do portal UOL, na sexta-feira, a mais recente investida da Seopi foi a produção de um dossiê contra 579 servidores federais e estaduais da área de segurança e professores identificados como integrantes do “movimento antifascismo”. Na lista de investigados, cuja existência foi confirmada pelo Estadão, constam profissionais da segurança e da docência de todas as regiões do País.

A mudança das atribuições da Seopi teve início logo após a nomeação de André Mendonça como ministro da Justiça, no dia 28 de abril deste ano. Após tomar posse, ele nomeou um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal para comandar a secretaria e, cerca de um mês depois, teria solicitado uma investigação completa de movimentos que poderiam colocar em risco a “estabilidade política do atual governo”.

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