Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
img

Após 4 meses de pandemia, UFRGS ainda prepara Ensino Remoto Emergencial; Sul 21

Detalhes Notícia
UFRGS ainda não conseguiu implementar plano de ensino remoto na pandemia. Foto: Luiza Castro/Sul21

 

O novo coronavírus tem provocado mudanças em diversos âmbitos da vida. Por conta da emergência do isolamento social como medida de contenção da propagação da covid-19, a educação acabou impactada pela crise. Nesse setor, como em tantos outros, a pandemia acentuou as desigualdades sociais, evidenciando as dificuldades enfrentadas pelos estudantes mais carentes para estudar em casa. Passados quatro meses da suspensão das aulas presenciais, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das mais importantes instituições públicas do país, ainda não conseguiu implementar um modelo de ensino alternativo. Agora, a UFRGS está prestes a iniciar o plano de Ensino Remoto Emergencial (ERE). A proposta, no entanto, ainda é um desafio que esbarra, por exemplo, na falta de acesso à internet de uma parcela dos estudantes.

Desde março, o calendário de 2020/1 está paralisado, embora alguns professores tenham optado por ministrar aulas remotas antes de ser definido um posicionamento oficial da universidade. Essas aulas, no entanto, não estão levando em conta o calendário, ou seja, os alunos não são penalizados por não participarem. Já foram aprovados auxílios emergenciais para financiar banda larga e tablets aos estudantes de baixa renda – contudo, esses auxílios só irão se efetivar a partir de agosto.

Do total de 32.491 alunos matriculados na graduação da UFRGS, 11,4% são beneficiários de assistência estudantil. Desde que as aulas presenciais foram paralisadas devido à pandemia, no dia 15 de março, a universidade está trabalhando para tentar viabilizar atividades remotas de modo igualitário para todos os alunos. Embora a instituição esteja tomando uma série de medidas, não há garantia de que o ensino remoto vá se concretizar da maneira desejada, especialmente em razão da desigualdade social entre os estudantes.

Leia mais no Sul 21