A imprensa francesa desta sexta-feira (31) presta homenagens ao jornalista e escritor francês, Gilles Lapouge, colunista do diário brasileiro O Estado de São Paulo, que morreu nesta quinta-feira (30), em Paris.
De acordo com informações da família, Lapouge, de 96 anos, não resistiu a uma infecção pulmonar. Viúvo, ele deixou os filhos Benoit, Laure-Marie, Mathilde e Jerôme.
Nascido em novembro de 1923 em Digne-les-Bains (Alpes-de-Haute-Provence), Gilles Lapouge cresceu na Argélia, onde seu pai serviu como soldado. Foram seus estudos de história e geografia que o levaram através do Atlântico para a América Latina.
O diário francês Le Journal du Dimanche lembra que o “autor de vinte romances, ensaios e coleções seguiu um caminho único, que o tornou um conhecedor do Brasil”. O artigo relembra os muitos prêmios literários recebidos por Lapouge, como o Deux Magots, em 1986, para o romance histórico “La Bataille de Wagram” (Editora Flammarion), escrito em 1983, provavelmente uma de suas obras mais célebres.
Romancista, ensaísta, cronista e adepto de longas viagens, Gilles Lapouge era um apaixonado pelo Brasil, país onde chegou em 1951. Essa faceta de sua trajetória também foi destacada pelo diário francês Le Figaro, em sua edição desta sexta-feira. “O Brasil é minha autobiografia, eu o percorri como quem relê um diário íntimo”, destaca o texto, ao relembrar os anos em que o jornalista viveu no país.
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