Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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RS: Bolsonaro monta em cavalo e ergue bandeira do Estado. Em visita a Bagé, presidente conheceu uma das primeiras escolas cívico-militares do país

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Jair Bolsonaro, interage com populares. Foto: Alan Santos/PR

 

 

O presidente Jair Bolsonaro conheceu nesta sexta-feira (31),  uma das 54 instituições espalhadas por todo o país escolhidas para fazer parte do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) em 2020. Antes ele participou da cerimônia de entrega das chaves de 1.164 moradias para famílias de baixa renda em Bagé. Com investimento de R$ 87,3 milhões do programa de habitação popular do Governo Federal, mais de 4,6 mil pessoas serão contempladas com novas residências.  Na passagem pelo município, Bolsonaro  montou em um cavalo, em meio a uma aglomeração de apoiadores, e tirou a máscara que usava no rosto e foi saudado aos gritos de “mito”pelos manifestantes.

Foto: Alan Santos/PR

Maria Eduarda Santos da Silva, tem 11 anos, e está no sexto ano da escola Municipal Cívico Militar de Ensino Fundamental São Pedro, em Bagé (RS). Ela tem um sonho: ser jornalista e trabalhar na Comunicação Social do Exército. O gosto pela carreira militar sempre existiu, mas aumentou depois que o colégio onde estuda aderiu ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Ela contou que as notas dela e de outros colegas melhoraram, além do comportamento dos alunos. “Tem respeito, disciplina, tem hierarquia. E, para mim, isso é bom, porque eu fiz meu aniversário todo militar e meu sonho é ser da Comunicação Social do Exército Brasileiro”, disse.

A escola atende 700 alunos do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos, e aderiu ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares no início deste ano. O programa prevê a atuação conjunta. Os militares atuam no apoio à gestão escolar e educacional. Os professores e demais profissionais da educação continuam responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico. As escolas também recebem uma verba do Governo Federal para ajudar nos custos com manutenção.

O pai da estudante, o vigilante Carlos Machado da Silva, é presidente do conselho de pais da escola. Segundo ele, já é possível perceber avanços desde que os militares começarem a atuar no colégio.

“Mudou cem por cento, porque antigamente a educação aqui no município e na escola não tinha aquele valor que está tendo hoje. As crianças hoje, a gente nota, pedem licença, senhora, senhor. Os alunos são mais interessados. Antigamente, batia o sinal aqui, era uma correria nessas escadas. Coitado dos professores. Hoje não. Todos eles calmos, conversando”, contou Carlos.

A escola cívico-militar atende 700 alunos do ensino fundamental e EJA.

A escola São Pedro, segundo o presidente do conselho de pais, desde que adotou o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, também conseguiu reduzir os índices de violência entre alunos. E, em tempos de pandemia, se adaptou à nova realidade virtual. “A nossa escola hoje é uma das primeiras em matéria de dar aula on line. É a primeira escola que aconteceu isso aí. Então, hoje, os alunos não ficam sem matéria por causa da pandemia”, esclareceu Carlos.

O Pecim prevê a implantação de 54 escolas cívico-militares só neste ano. A adesão dos colégios foi voluntária e foram selecionadas 40 escolas estaduais e 14 escolas municipais em 22 estados e no Distrito Federal. A região Norte foi contemplada com 18 escolas; o Sul, com 13; e o Centro Oeste, com 11. O Nordeste conta com 7 instituições; e o Sudeste, com 5. O modelo está sendo implantado pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Defesa. A ideia é que os militares da reserva das Forças Armadas atuem na gestão educacional das instituições. Neste ano, o MEC vai destinar R$ 54 milhões para levar a gestão cívico-militar nessas 54 escolas. Ou seja, R$ 1 milhão por instituição de ensino. A meta é ter 216 escolas cívico-militares até 2023.

Para aderir ao programa, a escola precisa ter baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), atender de 500 a mil alunos, oferecer Ensino Fundamental de anos finais, entre o sexto e nono ano, ou Ensino Médio, e possuir a aprovação da comunidade escolar para a implantação do modelo.