Se já estivesse em vigor nas eleições de 2018, a distribuição proporcional de recursos do fundo eleitoral para candidaturas negras — em análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — teria ampliado em 50% os recursos públicos destinados, no pleito passado, a essas campanhas para o cargo de deputado federal. O valor saltaria de R$ 357,9 milhões para R$ 535,2 milhões.
Embora candidatos negros tenham representado 42% dos 8,5 mil nomes na disputa para o posto de deputado federal, receberam 28% dos recursos do fundo. Em média, candidatos brancos totalizaram o dobro do investimento distribuído pelos partidos — R$ 184,8 mil contra R$ 99,7 mil.
Se a proporcionalidade já vigorasse em 2018, o investimento em candidatos negros teria crescido em 25 estados do país, inclusive nos maiores colégios eleitorais (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), e em 27 legendas — entre elas partidos tradicionais como MDB, PP, PT e PSDB —, nos quais o valor do fundo eleitoral destinado pelas siglas não acompanhou a exata proporção de candidatos negros.
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