Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Confronto em protesto contra restrições deixa 45 policiais feridos em Berlim; Deutsche Welle

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Polícia enfrentou resistência ao dispersar manifestantes que ignoravam regras de higiene e saúde. Mais de 130 pessoas foram presas no protesto, amplamente criticado por lideranças politicas na Alemanha. picture-alliance/dpa/P. Zinken

 

 

A polícia de Berlim informou neste domingo (02/08) que 45 policiais ficaram feridos durante a dispersão do protesto contra as restrições impostas pelo governo em razão da epidemia de covid-19, ocorrido no dia anterior. Entre os feridos, três policiais foram hospitalizados por ferimentos causados por estilhaços de vidro no rosto.

Os confrontos ocorreram ao final da manifestação que reuniu em torno de 20 mil pessoas nas ruas da capital alemã, quando os policiais tiveram de intervir para remover manifestantes e organizadores que se recusaram a desocupar uma avenida na região central da cidade. Mais de 130 pessoas foram presas por violações que incluem perturbação da paz, uso de símbolos considerados inconstitucionais associados ao nazismo, além de resistência à prisão.

A polícia destacou 1.100 policiais para monitorar o evento, que foi amplamente criticado pela rejeição ao uso de máscaras de proteção e pelo fato de os participantes ignorarem o distanciamento social obrigatório de 1,5 metros. O chamado “Dia da liberdade” reuniu uma mistura de grupos de extrema direita, opositores da vacinação, adeptos de tratamentos alternativos, hippies, defensores de teorias da conspiração e outros descontentes com as medidas para conter a disseminação do vírus.

No final da tarde deste sábado, policiais usaram alto-falantes para pedir que as pessoas deixassem a região pacificamente e retiraram os organizadores de um palco montado na avenida, sob as vaias das pessoas no local. Centenas de manifestantes permaneceram na região do portal de Brandemburgo até tarde da noite.

A manifestação ocorreu apesar de um aumento nas infecções pelo novo coronavírus no país e de vários alertas de especialistas sobre uma possível segunda onda da doença na Europa.

A polícia instaurou processos legais contra os organizadores por “desrespeito às regras de higiene”, uma vez que o protesto havia sido registrado inicialmente para a participação de apenas mil pessoas. Manifestações contrárias ao “Dia da liberdade” também ocorreram na capital alemã, com a polícia intervindo para manter os grupos rivais afastados.

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