Entidades ligadas à temática indígena no Estado manifestaram preocupação, nos últimos dias, com o afastamento dos técnicos Márcia Londero e Ignácio Kunkel, ambos da Divisão de Quilombolas e Indígenas da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Organizações como o Conselho Estadual dos Povos Indígenas, a Associação de Estudos e Projetos com Povos Indígenas e Minoritários (Aepim), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi-Sul), a Comissão Guarani Yvyrupa, o Conselho de Articulação do Povo Guarani (CAPG) e a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpin-Sul), entre outros, veem o afastamento dos profissionais como sinal da fragilização da estrutura que promove as principais políticas públicas voltadas às populações indígenas no Rio Grande do Sul. Tanto Márcia quanto Kunkel são reconhecidos pela interlocução com as aldeias indígenas do Estado, numa relação de mais de 20 anos.
“Esses técnicos estão à frente desse trabalho há décadas e acompanharam a constituição do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, criado em 2003, um dos principais espaços de interlocução dos indígenas com o Estado, no qual as diretrizes para a implementação das políticas nas aldeias são estabelecidas”, afirma Gabriela Peixoto Coelho de Souza, professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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