Morreu no fim da tarde de ontem um dos moradores mais conhecidos do Asilo Padre Cacique, o jornalista Hermínio Costa D’Andrea, aos 95 anos. Ele teve uma parada cardíaca no Hospital da Restinga, em Porto Alegre, onde estava internado há semanas devido à fragilidade da idade avançada. Estava no asilo há 15 anos.
Nascido em Porto Alegre a 25 de abril de 1925, Hermínio veio de uma família humilde e sempre ajudou os pais entregando viandas e vendendo pastéis. Aos 14 anos trabalhava em um café e suas tarefas eram limpar o estabelecimento e encher os açucareiros. Quando o local foi vendido e transformado em restaurante, o jovem permaneceu na empresa e foi promovido a assador de frangos.
Hermínio exerceu por pura paixão o trabalho de correspondente em jornais como A Noite, do Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Folha da Tarde, Jornal de São Leopoldo e Correio do Povo. Na década de 50, mudou-se para Esteio e fundou A Gazeta de Esteio e ajudou no processo de emancipação da cidade.
Na década de 60, o jornalista fundou a Associação de Moradores das Sete Ruas, que englobava os bairros Floresta e São Geraldo, e lançou o jornal Assetur Informativo, veiculado nesta região.
No Padre Cacique, junto com o jornalista Maicon Bock, criou o jornal O Cacique, distribuído aos moradores e visitantes.
Foi casado por 48 anos com Iraci Lucci. Ele não deixa filhos. O sepultamento será hoje em Esteio.
