Pais, alunos e educadores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Estado do Rio Grande do Sul, localizada no centro de Porto Alegre, fizeram um ato em frente à instituição, nesta sexta-feira (4), em repúdio a ação do governo do Estado realizada na véspera. Na quinta-feira (3), agentes da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) arrombaram a porta da escola, trocaram o cadeado, e deram início à retirada de móveis e documentos, desocupando a escola fundada há mais de 60 anos.
A drástica ação do governo de Eduardo Leite (PSDB) foi o ato final de um processo confuso. No dia 10 de agosto, a direção da escola foi comunicada pela Seduc de que deveria entregar as chaves, em função da intenção do governo estadual de criar no espaço uma casa para atendimento de pessoas em situação de rua durante a pandemia do coronavírus. O governo também comunicou que a estrutura da escola Rio Grande do Sul seria transferida para a escola Parobé. A direção então solicitou que o governo previsse prazo para a mudança temporária, em função da pandemia, mas o pedido foi negado.
A intenção de mudança do governo estadual, e a falta de diálogo, não foi bem aceita pela comunidade escolar e tampouco pelo conselho escolar, razão pela qual a diretora da escola, Elisa Santana Oliveira, explica não ter entregue as chaves no último dia 31. O intuito era dialogar com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Nos últimos dias, houve novo pedido de entrega das chaves e a diretora não pode ir a Seduc por problemas de saúde. Ela aguarda o resultado do teste para covid-19. Todavia, Elisa não imaginava que o governo tomasse a decisão de arrombar a escola e iniciar o despejo à revelia.
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