A ministra da Agricultura admitiu nesta quarta-feira, 09, que o arroz está caro, mas descartou intervenção no preço. Tereza Cristina foi entrevistada com exclusividade na Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente.

Ela explicou que o aumento sentido pelo consumidor decorre de alguns fatores. Primeiro, a produção no Brasil vem caindo e, este ano, a importação também diminuiu. Pra piorar, somou-se à oferta menor um consumo em alta, como reflexo dos efeitos da pandemia.

“A área plantada vem sendo diminuída ano a ano. Sem a entrada das importações do Uruguai e do Paraguai, que acontecem sempre, nós ficamos com um estoque muito justo porque nosso consumo também aumentou durante a pandemia. Essa série de fatores fez com que o [preço do] arroz estivesse alto”, afirmou.

Nem por isso o governo vai ficar parado, afirmou à Rádio Bandeirantes a ministra Tereza Cristina. A importação com tarifa zero será temporariamente liberada para equilibrar oferta e procura.

“O ministério da Agricultura monitora o estoque e se temos produto para não haver o desabastecimento. O preço é o mercado que controla. Estamos abrindo a importação de arroz, que não é [de um país] do Mercosul, que deve vir dos EUA e da Tailândia, mas só por um período e uma cota. A gente quer que os produtores produzam para o próximo ano uma quantidade maior”

Ainda segundo a ministra da Agricultura, não há risco de desabastecimento de arroz no Brasil. Quanto ao recuo dos preços, Tereza Cristina disse que não é possível prever com exatidão quando isso vai acontecer. (Rádio bandeirantes)