Este ano não foi como os outros, mas o maior e já tradicional evento brasileiro em Paris, a Lavagem da Madeleine, não foi cancelado. A festa, inspirada na Lavagem do Bonfim, de Salvador, chegou aos 19 anos “colocando o bloco na rua com alegria e pela paz”, segundo o seu criador, Roberto Chaves. O evento aconteceu neste domingo (13), na capital francesa.
O cortejo foi reduzido, assim como o tamanho das alas, mas o desfile contagiou o público nas ruas em torno da Igreja da Madeleine, no 8º distrito de Paris. Franceses e estrangeiros pararam para ver o evento, que teve a tradicional ala das baianas, abrindo o desfile, sendo seguida de perto pelo grupo de percussão Batalá.
Logo atrás deles, veio a Ala Mulheres na Resistência, que homenageou escritoras indígenas e negras. E, para fechar o cortejo, o Bloco Verde, que chamava a atenção para os problemas ambientais do Brasil, entre eles a situação do povo indígena e a Amazônia.
“Eu tinha pesadelo de que não ia conseguir fazer a Lavagem, com tantos eventos anulados este ano. E a gente conseguir fazer esta festa por 19 anos sem parar – trazendo a nossa resistência do negro, do gay, celebrando a união do povo brasileiro com a França -, conseguir botar o bloco na rua foi realmente uma vitória”, celebra Roberto Chaves, criador e organizador do evento, que costuma atrair milhares de pessoas às ruas de Paris e este ano foi reduzido a algumas centenas.
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