Em julho, 3,9 milhões de argentinos compraram o limite oficial de 200 dólares (1.050 reais) para economia pessoal. Em agosto, a cifra beirou os cinco milhões. Em setembro parecia que seria batido um novo recorde, mas o Banco Central se movimentou para desencorajar a demanda e, desse modo, proteger suas reservas. Na noite de terça-feira, anunciou um pacote de medidas que restringem a compra de divisas para acúmulo, o uso de cartões no exterior e operações cambiais com bônus. A decisão provocou a queda dos títulos argentinos nos mercados financeiros internacionais e uma brusca desvalorização do peso no mercado não oficial de câmbios.
Com esse rigoroso controle cambial decretado pelo Banco Central, os argentinos poderão continuar trocando pesos pelo limite máximo de 200 dólares por mês ―um hábito muito arraigado para se proteger da inflação (42,4% por ano) e a desvalorização do peso (por volta de 20% no circuito de câmbios oficial e 45% no paralelo em 2020)― mas lhes sairá mais caro.
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