Com o impasse sobre o modelo de financiamento do Renda Cidadã, lideranças do Congresso querem retomar a articulação para “erguer” o novo programa social a partir de uma revisão dos benefícios atuais. A deixa foi dada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que pediu sugestões de propostas depois que o mercado financeiro se estressou com o modelo apresentado na segunda-feira, que usava recursos de precatórios (uma dívida judicial que a União tem com empresas e cidadãos) e foi visto como um “calote”, e reagiu com nervosismo e desconfiança.
O programa pode inclusive voltar ao nome inicial de Renda Brasil, segundo apurou o Estadão, dada a dificuldade dos integrantes do próprio governo em se acostumar ao novo nome – lançado depois que Bolsonaro, irritado com a proposta de congelamento de aposentadorias para bancar o programa, avisou que estava proibido falar em Renda Brasil até 2022.
O relator da PEC emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC), está ouvindo sugestões para um novo modelo de financiamento, depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que não vai usar os recursos dos precatórios para financiar o novo programa. O ministro tirou o apoio inicial após ter posado ao lado de Bittar durante o anúncio no Palácio da Alvorada, o que deixou o relator contrariado e ainda gerou uma saia-justa entre a articulação política e a Economia.
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