Porto Alegre, segunda, 06 de maio de 2024
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Evento de nomeação da nova juíza do Supremo dos EUA deixa rastro de contágios de covid-19

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Ato na Casa Branca com mais de 100 pessoas para apresentação de Amy Comey Barrett foi realizado sem medidas de segurança contra o coronavírus. Donald Trump anuncia a nomeação da juíza Amy Coney Barrett.SHAWN THEW / EFE

 

 

Quando Donald Trump já havia decidido quem seria a mulher escolhida para substituir a icônica Ruth Bader Ginsburg no Supremo Tribunal, ainda lhe faltava o local perfeito para realizar um evento de impacto, que significaria avançar na campanha eleitoral tentando esquecer, mesmo que por um momento, a tragédia dos 200.000 mortos que o coronavírus deixou nos EUA. Na época, o mandatário já havia visto o vídeo em que Bill Clinton apresentou no Rose Garden da Casa Branca sua escolhida, a falecida Ginsburg, num bonito dia de primavera de junho em 1993.

Pouco importava que a nova normalidade dite dois metros de separação, o uso de máscaras e evitar reunir em um evento mais de 100 pessoas. Trump quis competir com Clinton e, praticamente, copiou a encenação do ex-mandatário democrata na apresentação da juíza Ginsburg. O resultado? No sábado 26 de setembro mais de 100 pessoas se sentavam no Rose Garden em filas de cadeiras sem a dita distância de segurança, cotovelos colados, encantadas de se ver em tão importante dia ―esse em que o Supremo Tribunal caminhava ao conservadorismo― e, em alguns casos, dando-se abraços e apertos de mão.

Todas as recomendações de segurança contra o coronavírus exigidas pelas autoridades foram pelos ares. Começava ali um efeito dominó de novos positivo por covid-19 na Casa Branca e em seu entorno. Mike Lee, senador por Utah: positivo. É ele que se vê eufórico dando abraços em vídeos que se espalharam como pólvora desde que começaram a ser anunciados nomes de assessores do presidente no combate à doença.

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