Porto Alegre, sábado, 28 de setembro de 2024
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Governo negocia com Congresso espaço para novo 'orçamento de guerra' em 2021; O Estado de São Paulo

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Medida abriria espaço para aumento de gastos com a justificativa, por exemplo, de combater uma eventual 2ª onda da covid-19; preocupação da ala política é com restrições impostas por regras fiscais, como a regra de ouro. Paulo Guedes e Rodrigo Maia na saída de jantar organizado na casa do ministro Bruno Dantas, do TCU. Foto: Gabriela Biló/Estadão

 

 

O governo quer incorporar dispositivos do chamado “orçamento de guerra” no texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do pacto federativo para regulamentar regras fiscais em casos de calamidade. A medida abriria uma brecha para o aumento de gastos em 2021 com a justificativa, por exemplo, de combate à covid-19, no caso de uma nova onda da pandemia. O texto definiria as situações em que esse recurso poderia ser usado pela equipe econômica.

O tema está sendo discutido com lideranças do Congresso e foi comentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista a jornalistas após participar de um jantar na segunda-feira com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM.

Segundo apurou o Estadão, há uma preocupação da ala política com as restrições impostas por regras fiscais, como a regra de ouro (que impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes, como custeio, salários e benefícios sociais) e outras amarras, no caso de a pandemia se agravar novamente.

Por mais restrito que esteja, o teto que gastos (mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação) tem válvulas de escape para situações excepcionais e permite despesas fora do limite por meio de créditos extraordinários. Mas o temor é que as demais normas fiscais, anuladas em 2020 com o orçamento de guerra, voltem a ser um obstáculo às ações de enfrentamento à doença.

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