Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Ministro do Supremo Tribunal Federal defendeu fundamentos de liminar que beneficiou André Oliveira Macedo, o André do Rap, homem forte do PCC solto na manhã deste sábado, 10; O Estado de São Paulo

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Doria se diz ‘perplexo’ com liminar de Marco Aurélio, elogia Fux e põe força-tarefa da Polícia no encalço de chefão do PCC. Os ministros Luiz Fux e Marco Aurélio Mello. Fotos: André Dusek e Dida Sampaio/Estadão

 

 

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, defendeu ao Estadão neste domingo, 11, os fundamentos que o levaram a determinar a soltura de André Oliveira Macedo, o André do Rap, e afirmou que continuará ‘atuando de forma vinculada a lei’.

O vice-decano aponta que a decisão tem esteio na Lei Anticrime e diz que desde a sanção da norma ‘cansou de decidir’ com base no dispositivo. “Atuo segundo o direito posto pelo Congresso Nacional e nada mais. Evidentemente não poderia olhar a capa do processo e aí adotar um critério estranho a um critério legal por se tratar deste ou daquele cidadão”.

O ministro ainda criticou a decisão do presidente da Corte, Luiz Fux, que derrubou liminar e determinou a imediata volta de André do Rap para a prisão. Para Marco Aurélio, Fux ‘lamentavelmente implementou autofagia, o que fragiliza a instituição que é o STF’. “É lamentável e que gera uma insegurança enorme e acaba por confirmar a máxima popular cada cabeça uma sentença”, afirmou.

Ainda segundo Marco Aurélio, ‘não é de hoje’ que a ‘autofagia’ é praticada no Supremo. O ministro chegou a indicar que a prática ficou evidente em decisões de outros ministros da Corte sobre a prisão em segunda instância e a licitação da Petrobrás. Marco Aurélio é conhecido por decisões polêmicas no Tribunal, mas não abre mão da ‘independência do juiz e suas convicções’.

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