Não foi só em Brasília que a pandemia e, agora, a proximidade das eleições municipais ajudaram a travar a votação de medidas de ajuste fiscal. São Paulo e Rio Grande do Sul, que tinham saído na frente e apresentado propostas de contenção de gastos e renúncias fiscais, também enfrentam dificuldades para aprovar seus pacotes nas Assembleias Legislativas.
As medidas foram propostas para tentar diminuir o rombo previsto no ano que vem. A urgência é maior porque, em dezembro, termina o alívio financeiro de R$ 125 bilhões dado pela União a Estados e municípios durante a pandemia do coronavírus.
São Paulo projeta déficit de R$ 10,4 bilhões, enquanto o Rio Grande do Sul fala em R$ 8,1 bilhões. A expectativa era de que as medidas fossem aprovadas até setembro, para entrarem em vigor em janeiro. Mas a pandemia embaralhou a previsão, com o cancelamento de sessões. Agora, às vésperas das eleições, a negociação dos governadores é ainda mais difícil, diante das resistências que partem, principalmente, de empresas que gozam de incentivos e de servidores.
Para o ano que vem, o cenário projetado para os Estados ainda é de arrecadação comprometida pela desaceleração da economia. De outro lado, com o nível de desemprego alto, a previsão é que os gastos estaduais com saúde, educação, assistência social e segurança subam.
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