O advogado Rafael Coelho Leal que atuou na defesa de Luiz Fernando Záchia. registrou o lançamento do livro em suas redes sociais. Ele considera o trabalho, “O relato de um Assassinato de Reputações gaudério. Como, no bem dizer de Pedro Simon, que prefacia a obra , os tempos obscuros no Brasil permanecem.
Resumiu tudo, afirmando que nos “anos de chumbo” o inimigo era conhecido. Hoje está mais difícil identificá-lo. Sao dezenas de inimigos travestidos de pseudo autoridades, exercendo seu poder em vendeta pessoal, sintetiza o Senador.
Eu diria que esses inimigos sem rosto sao mais criminosos que os imputados. São sobretudo covardes que usam do poder estatal em benefício próprio. Usam terno e toga. Matam como qualquer bandido que empunha uma arma.
Tive a oportunidade com meu finado pai Marco Antonio Barbosa Leal de fazer a defesa integral de Zachia na Operação Concutare, do início ao fim, de forma incansável.
Lá estávamos as 6h30 da manhã daquele sombrio dia 29 de abril de 2013 logo após a PF bater à porta do apartamento de Luiz Fernando, acompanhando a busca e apreensão com nosso cliente.
Lá estávamos no dia 11 de março de 2020 quando o TRF 4 decidiu, ao acolher HC das defesas dos investigados, que a investigação só poderia ser retomada se houvesse novas provas, sepultando essa malfadada “Operação Concutare ”.
Ressalto que desde aquela manhã de terror, há mais de sete anos, até a data desta última decisão do TRF4 NUNCA foi oferecida DENÚNCIA pelo MPF contra o investigado.
Zachia, Vereador, Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do RS, Chefe da Casa Civil do governo Yeda, ficou preso cinco dias.
Ficou no limbo de vida outros longos anos.
Poderia sentir orgulho de termos mostrado a inocência de Zachia e os equívocos do Estado.
Sinto, todavia, tristeza e profunda desesperança nas instituições brasileiras que dizem “estar funcionando de forma normal”.
Mais: sinto que fiz parte de mais um capítulo negro da história brasileira, levando a vida, o tempo, a honra e a reputação de muitos , como de Záchia, para um buraco negro de forma indelével e irreversível .
