Porto Alegre, domingo, 29 de setembro de 2024
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ESTREIA NO DIA 21 O NOVO TEATRO DIGITAL: LIGUEM AS TELAS PARA O PORTO ALEGRE EM CENA 2020

Detalhes Notícia
Uma grande jornada teatral tem início em 21 outubro com cenários e performances dentro e fora de casa e  transformações culturais inimagináveis – em edição híbrida (virtual e presencial) começa o festival internacional de artes cênicas de Porto Alegre

 

 

A 27ª edição do Porto Alegre Em Cena se inicia em 21 de outubro trocando os palcos pelas telas, em uma inédita experiência de teatro presencial e digital. Em dez dias de programação, um dos mais tradicionais evento das artes cênicas do país volta a supreender – e provocar e instigar o público a refletir sobre os novos tempos. É o #corpofuturo se apresentando no presente, de maneira futurista.

Curiosa e simbolicamente, um dos destaques deste primeiro dia é o impactante Marcha à Ré, do grupo paulista Teatro da Vertigem (ingressos limitados). Uma performance-filme nauseante, sufocante e necessária. A proposta, que também se tornou um grande ato político, estava programada para ocorrer na Alemanha e foi adaptado à realidade da pandemia no Brasil.

Idealizado em parceria com Nuno Ramos, comissionado pela 11ª Bienal de Berlim, e filmado por Eryk Rocha, Marcha à Ré ocupou a Av. Paulista, em 4 de agosto, com um doloroso cortejo apresentado em caminho inverso. O vídeo que será apresentado e debatido via Zoom é também um protesto e terá a participação de Nuno Ramos, diretores do Teatro da Vertigem e Eryk Rocha, além dos parceiros de Berlim, Porto Alegre em Cena e Goethe-Institut.

Uma centena de motoristas-participantes conduzem seus automóveis em um trajeto real e em marcha ré, que “parte” da Avenida Paulista e “termina” no Cemitério da Consolação. O cortejo é conduzido pelo som de respiradores, em uma sonoplasita chocante e que simboliza o drama de milhares de mortos pela Covid-19 no Brasil frente ao descaso do poder público.

Mas antes de mostrar como andamos para trás na condução da pandemia no País, o Em Cena apresenta um janela para o futuro. Também no dia 21, Body A, vídeo-instalação escocesa coloca seus holofotes em uma nova ideia de tecnologia e nos limites da relação entre humano e não humano, entre corpo e bites, dados e informações. É assim, com uma perturbadora grade de programação, que a 27ª edição do Em Cena dá a largada à mais desafiadora de suas edições.

 

Até o dia 31 de outubro, tudo pode virar palco virtual (e presencial) para essa nova forma de fazer teatro e das interfaces que as artes cênicas mundiais, nacionais e locais encontraram para se comunicar com o público. As atrações vão de projeções gigantescas, em prédios públicos, a interpretações individuais, por meio de uma ligação telefônica ou de WhattsApp, em um espetáculo particular, um pra um. Esta será a mais abrangente e democráticas de todas as edições! É arte sem nenhuma fronteira geográfica entrando em cena!

 

 

Um resumo do que o furturo nos reserva:

– Apresentações pensadas para os novos tempos por grupos da Escócia, da Dinamarca, de Portugal, do nordeste brasileiro, do Distrito Federal, de São Paulo e, claro, performances de grupos de Porto Alegre disputando o Prêmio Braskem;

 

– Ações e performances presenciais, nas ruas de Porto Alegre, que estarão disponíveis no Canal Em Cena no site do festival.

 

– Ao lado de Body A, mais duas outras atrações internacionais estão previstas: As I Collapse (dias 29 e 30 de outubro – 18h, 18h45, 20h e 20h45 – ingressos limitados), original da Dinamarca. Das primeiras adaptações pro universo virtual durante a pandemia, o grupo Recoil de Copenhagen estreou esse versão no festival CPH Stage em junho e mostra pela primeira vez no Brasil uma performance em duas partes, a primeira pelo zoom e a segunda na presença de uma voz e de um objeto que será entregue na casa das pessoas que garantirem seus ingressos; Corpo Futuro (dia 26 de outubro, às 21h – online e gratuito pelo canal do YouTube e site) com texto e direção de Ricardo Cabaça e no elenco Evelyn Ligocki e Haroldo Costa Ferrari;

 

– Serão utilizadas, neste ano, plataformas de comunicação digital em apresentações individuais, locais, internacionais, nacionais, em lives, ligaçãoes telefônica, WhattsApp, Zoom, e-mail, Instagram, YouTube, Spotify, Deezer;  

 

– A acessibilidade é uma das prioridades do festival. Serão espetáculos e cenários sonoros – com os sons do sertão e a galeria virtual do Teatro Máquina, entre outros. Além de tradução para Libras de todas as peças e debates, os podcasts irão além da produção de conteúdos como entrevistas e bate-papos;

 

– No contexto educativo, um dos destaques é a master class com a dramaturga Janaína Leite, uma das grandes pesquisadoras de artes cênicas. Autora da obra Autoescrituras – Performativas: do diário à cena (Editora Perspectiva), Janaína tem entre os trabalhos mais recentes Stabat Mater, que recebeu o Prêmio Shell de Dramaturgia em 2019.

 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO DIA 21/10, QUARTA-FEIRA:

Ponto de Encontro
Bruna Paulin + Podcast Crônicas do Amanhã (A Protagonista)

11h, gratuito

 

Conversas em Cena

Felipe Hirsch, Daniela Thomas e Felipe Tassara
16h, gratuito

 

Performance anti-aglomeração

Ritual de sobrevivência urbana

17h, gratuito

 

Conversa em Cena

Carcaça

18h, gratuito

 

Apresentação 15º Prêmio Braskem em Cena

Carcaça

19h, gratuito (ingressos limitados)

 

Em Quadros

Banho de Folhas

20h, gratuito

 

Apresentação internacional

BODY A

20h30, gratuito

 

Apresentação nacional

Marcha à Ré + bate-papo Teatro da Vertigem, Fernando Zugno e Bienal

21h (R$ 10 inteira/ R$ 5 meia-entrada – ingressos limitados)

Confira a programação completa em PORTO ALEGRE EM CENA