A Bolívia chega às eleições deste domingo dividida por uma forte polarização política e social. As três principais forças na disputa alertaram que seus rivais rejeitarão os resultados ou cometerão fraudes e causarão violência. O Governo interino de Jeanine Áñez tomou partido abertamente contra um dos candidatos, Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS) de Evo Morales. As forças de segurança estão “prontas para evitar a convulsão” que supostamente causarão os simpatizantes desse candidato. Em meio ao nervosismo, a população correu para fazer estoques de combustíveis e alimentos nos últimos dias, o que causou filas e escassez.
Com oposição a Evo Morales menos dividida, pesquisas apontam segundo turno nas eleições bolivianas
Soma-se às previsões de conflitos violentos a expectativa de que os resultados eleitorais sejam muito apertados. Todas as pesquisas apontam a vitória de Arce, ex-ministro de Fazenda durante 11 dos quase 14 anos de governo de Morales (ele se afastou brevemente do cargo para tratar um câncer renal). A dúvida é se Arce vencerá com vantagem suficiente para ser eleito presidente no primeiro turno ou se terá de disputar um segundo turno, marcado para 29 de novembro, com o ex-presidente (2003-2005) Carlos Mesa, um candidato de centro que se apresenta como o único capaz de conseguir a reconciliação dos bolivianos. Para um eventual segundo turno, as pesquisas dão vantagem a Mesa.
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