Porto Alegre, segunda, 30 de setembro de 2024
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Placa colocada em frente ao Dopinha para denunciar crimes da ditadura é coberta com cimento; Sul 21

Detalhes Notícia
Placa na calçada foi concretada. Foto: Luiza Castro/Sul21

 

 

A placa colocada na calçada em frente ao casarão que abrigou o Dopinha, apontado como centro clandestino de repressão e tortura que funcionou em Porto Alegre entre 1964 e 1966, durante a ditadura militar, foi totalmente coberta por uma camada de cimento. Instalada no dia 12 de agosto de 2015 em frente ao casarão localizada na rua Santo Antonio, número 600, a placa foi uma iniciativa do projeto Marcas da Memória, criado por meio de uma parceria entre o Movimento de Justiça e Direitos Humanos com a Prefeitura de Porto Alegre para identificar locais onde ocorreram violações de direitos humanos durante a ditadura. A placa agora coberta de cimento dizia:

“Primeiro centro clandestino de detenção do Cone Sul. No número 600 da rua Santo Antônio, funcionou estrutura paramilitar para sequestro, interrogatório, tortura e extermínio de pessoas ordenados pelo regime militar de 1964. O major Luiz Carlos Menna Barreto comandou o terror praticado por 28 militares, policiais, agentes do Dops e civis, até que apareceu no Guaíba o corpo com as mãos amarradas de Manoel Raimundo Soares, que suportou 152 dias de tortura, inclusive no casarão. Em 1966, com paredes manchadas de sangue, o Dopinha foi desativado e os crimes ali cometidos ficaram impunes”.

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