Porto Alegre, segunda, 30 de setembro de 2024
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Falta de matéria-prima é a maior em 19 anos e leva indústria a reduzir produção; O Estado de São Paulo

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Escassez de insumos em 14 de 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV em outubro e novos reajustes de preços limitam a atividade no País; quem produz não consegue distribuir por falta de embalagens. Nas fábricas de calçados, chegou a faltar até mesmo o PVC usado para fabricar tênis e sandálias. Foto: Grupo Priority

 

 

A escassez de matéria-prima em vários segmentos e a alta de preços são atualmente os principais fatores que limitam a expansão da produção industrial no País. Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que, em outubro, a falta de insumo atingiu os maiores níveis desde 2001 em 14 dos 19 segmentos da indústria. Segundo a sondagem, o setor de vestuário é o que mais sente os efeitos da falta de insumos e componentes, reportada por 74,7% das empresas.

Empresas já reduziram o ritmo de atividade por falta de matéria-prima, e quem consegue produzir não pode distribuir o produto por falta de embalagens de papelão, plástico e vidros, hoje o maior problema relatado por empresas e entidades de classe. A escassez, somada ao câmbio desvalorizado, resulta em alta de preços.

A interrupção da produção no pico da pandemia de coronavírus e a volta ao consumo mais forte do que o esperado pegou as empresas com baixos estoques e demanda crescente, em parte por causa do auxílio emergencial pago pelo governo. Com isso, há um descolamento entre fabricantes de matérias-primas – que não conseguem atender à demanda –, de produtos finais e varejo. O temor é que, com a crise sem precedentes, falte produto no mercado justamente num momento de alta demanda, com a Black Friday e o Natal.

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