Reportagem da Folha de São Paulo mostra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou o fracasso dos candidatos que apoiou nestas eleições municipais e indicou uma vitória em 2022, com um “sistema eleitoral aperfeiçoado”. Ele afirmou que não se engajou completamente nas eleições. “Minha ajuda a alguns poucos candidatos a prefeito resumiu-se a 4 lives num total de 3 horas”, escreveu na noite deste domingo (15), em suas redes sociais. Candidatos apoiados pelo presidente, de uma maneira geral, não conseguiram se eleger ou mesmo alcançar o segundo turno nas principais capitais do Brasil.
Na maior cidade do país, São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) encontrava apenas na quarta colocação no pleito, com 57% das urnas apuradas. Os candidatos apoiados pelo presidente também tiveram derrotas em Recife, Manaus, Fortaleza e Belo Horizonte. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) avançou ao segundo turno, mas com uma votação muito inferior ao primeiro colocado Eduardo Paes (DEM).
O presidente disse relativizou sua derrota, usando como exemplo do fracasso da campanha de Geraldo Alckmin à presidência em 2018. “Há 4 anos Geraldo Alckmin elegeu João Doria prefeito de São Paulo no primeiro turno”, escreveu. “Dois anos depois Alckmin obteve apenas 4,7% dos votos na disputa presidencial”, completou.
Ao contrário do que afirmaram alguns analistas, o presidente também apontou que a esquerda sofreu uma “histórica derrota” o que sinalizaria que a “onda conservadora chegou em 2018 pra ficar”. “Para 2022 a certeza de que, nas urnas, consolidaremos nossa democracia um sistema eleitoral aperfeiçoado. DEUS, PÁTRIA e FAMÍLIA”. (Renato Machado/Folha de São Paulo)
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