Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Crise causada pela epidemia de coronavírus agrava situação de mulheres na França; RFI

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Mulher isolada e sem teto dorme na rua em Paris. AFP - JOEL SAGET

 

 

Com o outono no hemisfério norte e o segundo lockdown contra a epidemia do coronavírus, que entrou em vigor em 30 de outubro, ONGs francesas que trabalham com pessoas sem teto, dão assistência médica e fazem distribuição gratuita de alimentos à população carente dizem nunca ter visto um aumento tão repentino da precariedade. Tem muito mais gente perdendo a casa ou o apartamento e precisando de ajuda para comer. Um público diferente do que as ONGs atendiam até o momento e que inclui, particularmente, mulheres e crianças.

Doze ONGs que integram a Federação dos Atores da Solidariedade – incluindo a Fundação Abbé Pierre, o Samusocial de Paris e a Unicef França – alertam para a degradação da situação dos sem-teto. Todas as noites, 700 crianças dormem com seus pais, muitas vezes apenas com suas mães, nas ruas em Paris.

Em toda a região metropolitana da capital, que inclui dezenas de subúrbios na periferia, 20 mil menores são acolhidos atualmente em quartos de hotel alugados pelo Estado, em condições extremamente precárias, por falta de um alojamento permanente, afirmam as ONGs. “Com frequência, mulheres que acabaram de dar à luz são enviadas às ruas com seus recém-nascidos”, denunciam as ONGs.

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