Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
img

Polícia cubana desaloja grupo que protestava por liberdade de expressão e contra prisão de rapper; El País

Detalhes Notícia
Ativistas do Movimento San Isidro exigem a libertação de Denis Solís, preso por desacato. Um dos manifestantes, que foram detidos e liberados, é colaborador do EL PAÍS. Policiais na frente da sede do Movimento San Isidro, em Havana, após detenção de manifestantes.ATAHUALPA AMERICE / EFE

 

 

A polícia cubana irrompeu na noite desta quinta-feira na sede do Movimento San Isidro, uma rede de ativistas que passou 10 dias em autorreclusão em Havana para exigir a libertação do rapper Denis Solís. Cerca de 15 pessoas ficaram detidas por várias horas, incluindo jornalistas, artistas e professores. Alguns deles haviam se declarado em greve de fome e sede para protestar contra a repressão e as políticas do Governo, que, conforme denunciam, cerceiam cada vez mais a liberdade de expressão. Vários dos detidos foram postos em liberdade horas depois.

Entre os desalojados está Carlos Manuel Álvarez, jornalista e escritor, diretor do site El Estornudo e colaborador do EL PAÍS. Álvarez chegou na terça-feira à ilha para se unir ao grupo de ativistas que se fechou na sede do Movimento San Isidro, no bairro homônimo em Havana. As autoridades alegaram que a operação era necessária para cumprir o protocolo de saúde contra a pandemia do coronavírus. Segundo relata Álvarez por telefone de Havana, “agentes da Segurança do Estado disfarçados de médicos” iniciaram a ação. “Eu não cedi”, prossegue. Depois se somou um grupo de policiais fardados, que depois das advertências “quebraram a porta a golpes, a derrubaram”. “Estávamos serenos e não oferecemos resistência. Eram como feras distribuindo a presa entre si. Pareciam inclusive ter mais medo do que nós”, afirma o repórter.

Leia mais em El País