| Um dos segmentos mais impactados pelas restrições impostas pela pandemia, o setor de eventos e entretenimento busca a prorrogação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda até sua retomada concreta e definitiva. A demanda foi apresentada ao presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), nesta quarta-feira (23), pelo sócio-diretor da Opinião Produtora, Rodrigo Machado, um dos líderes do grupo de Live Marketing RS. Polo encaminhará a solicitação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, endossando o pleito.
O programa emergencial permite a redução dos salários e da jornada de trabalho durante a pandemia de coronavírus. O objetivo é preservar o emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades econômicas e reduzir o impacto social provocado pela pandemia. O plano prevê o pagamento de um benefício emergencial, a redução proporcional de jornada e de salário e até a suspensão temporária do contrato.
Conforme Machado, o setor está impedido de trabalhar e sem receita, o que inviabiliza voltar a assumir integralmente os salários dos funcionários durante o mesmo período em que foi concedido o benefício. “O benefício vai acabar em dezembro e estamos pedindo a prorrogação porque o setor de eventos não tem receita. No caso da minha empresa, estamos há nove meses utilizando o benefício, alguns funcionários com carga reduzida e outros com suspensão. Agora vamos ter de manter os empregos por mais nove meses com recursos próprios, mas não temos receita”, afirmou.
No Rio Grande do Sul, o Live Marketing estima que o mercado de eventos movimente anualmente R$ 2 bilhões e gere 500 mil empregos diretos e indiretos. “Com a crise da Covid-19, fomos o primeiro setor a ser impactado pela necessidade do isolamento social e seremos o último a retomar as atividades”, comentou Machado. Além do Live Marketing, a prorrogação é solicitada pelo Porto Alegre e Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Gramado, Canela e Região das Hortênsias Convention & Visitors Bureau, Bento Convention Bureau e Agepes (Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos).
O presidente da Assembleia declarou apoio ao setor e atividades paralelas, como sonorização, iluminação, alimentação e recepção e montagem de palcos e estruturas. “A prorrogação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda para o setor de eventos e entretenimento é uma demanda extremamente legítima. Ao longo deste ano tivemos muitas reuniões com representantes do segmento em busca de alternativas para a retomada das atividades de forma segura, com protocolos sanitários. Conhecemos a dura realidade de quem faz o dia a dia do setor. Precisamos entender o desespero desses empreendedores, que têm suas responsabilidades e obrigações a honrar”, comentou o parlamentar.
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