As contas públicas passarão por um teste de fogo em 2021. Com o estado de calamidade pública e do chamado “orçamento de guerra”— que permitiu ao governo ampliar despesas emergenciais para combater a pandemia este ano — se encerrando nesta quinta-feira, o Orçamento da União voltará a ser regido pelas regras fiscais tradicionais no próximo ano, com o aumento orçamentário limitado pelo teto de gastos.
A regra que impede expansão dos gastos da União além da inflação está cada vez mais pressionado pelo crescimento das despesas obrigatórias e pela inflação dos últimos meses de 2020. Além disso, o crescimento da dívida pública impõe um desafio extra ao governo nos primeiros quatro meses de 2021, quando o Tesouro precisará rolar quase R$ 700 bilhões em débitos.
Na quarta-feira, o Banco Central informou que a dívida bruta do governo atingiu no mês passado o equivalente a 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano, o aumento na relação dívida/PIB, até agora, foi de 13,8 pontos percentuais.
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