Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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Amigos e músicos recordam obra artística e histórias de Geraldo Flach; Jornal do Comércio

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Morte do pianista porto-alegrense completou uma década no início deste mês FLAVIA DE QUADROS/ARQUIVO/JC

 

 

Dez anos é um bom período para uma avaliação: o que um artista – que saiu de cena ainda em plena fase criativa – poderia estar criando? Que caminhos teria trilhado nessa última década?

Seguiria coerente fazendo um tipo de música no estilo que sempre fez, sem concessões, sem preocupações externas, ou também seguiria coerente pesquisando novos rumos, interessando-se por novas sonoridades e novas parcerias? Estaria compondo, produzindo trilhas, dedicando-se ainda com mais afinco ao estudo do piano? Estaria ainda mantendo uma vida social e culturalmente ativa, circulando entre diversos grupos e sendo influenciado e influenciador de tantas pessoas?

Estas dúvidas – todas elas com relação a Geraldo Flach, que poderia ainda estar vivo se um câncer não o tivesse consumido até a morte, no começo de 2011 – ainda me intrigam. E foi em busca de respostas, de especulações, que eu fui atrás de parentes, amigos, parceiros e críticos, pessoas que – cada qual à sua maneira – poderiam avaliar como seria um Geraldo Flach 2021.

Todos são unânimes em reconhecer que a intensa atividade musical permaneceria e que o papel primordial do piano, o Ludô (como foi apelidado João Ludovico Eça Jobim Flach), um Essenfelder cauda, que durante boa parte da vida foi o melhor e mais constante amigo de Geraldo Flach, seria cada vez mais destacado. “Estaria fazendo muita música, não tenho dúvida. Fazendo o que tivesse vontade, sem se preocupar em agradar, em ‘ser vendável’. Se permitindo tocar com quem quisesse. Projetos ‘do coração'”, explica Ângela Moreira Flach.

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