Porto Alegre, sábado, 05 de outubro de 2024
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Ditadura venezuelana avança sobre imprensa e ONGs de direitos humanos; Folha de São Paulo

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Desde o fim da gestão da Assembleia Nacional opositora, regime de Maduro tenta calar dissonantes. Nicolás Maduro na Assembléia Nacional em Caracas - Marcos Salgado - 12.jan.2021/Xinhua

 

 

Em uma mesma semana, a ditadura venezuelana, comandada por Nicolás Maduro, avançou sobre veículos de comunicação e ONGs de direitos humanos. Os ataques ocorrem logo depois da posse da nova Assembleia Nacional, de maioria chavista, que foi eleita em uma votação contestada do dia 6 de dezembro.

Os alvos, desta vez, foram o canal de streaming VPItv, que costuma ser o único a transmitir atos e entrevistas da oposição, os sites independentes Efecto Cocuyo, Tal Cual, El Pitazo e Caraota Digital, o jornal regional Panorama (Maracaibo) e as ONGs Médicos Sem Fronteiras, Provea (Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos) e Azul Positivo.

O VPI (Venezuelanos pela Informação) teve seu sinal retirado do ar por uma sanção imposta pela Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações), o Tal Cual teve sua página suspensa indefinidamente, e o Efecto Cocuyo está sendo acusado de receber financiamento direto do governo do Reino Unido —o que o site nega.

Os Médicos Sem Fronteiras estão se retirando de parte do país devido a restrições a seu trabalho, e a ONG Azul Positivo teve cinco membros presos no estado de Zulia.

A Anistia Internacional condenou, na quinta-feira (14), as “recentes campanhas de estigmatização e operativos empreendidos pela administração de Nicolás Maduro contra meios de comunicação na Venezuela”. Acrescentou, ainda, “que calar esses meios é privar a sociedade de informar-se sobre abusos de direitos humanos que vêm sendo praticados”.

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