Porto Alegre, sábado, 05 de outubro de 2024
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Governo Bolsonaro tenta mudar discurso sobre pandemia para conter crise e pressão por impeachment; Folha de São Paulo

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Presidente tem sido cobrado por condução errática do enfrentamento ao coronavírus e viu popularidade cair. Adriano Machado/Reuters

 

 

A retomada da pressão por um impeachment de Jair Bolsonaro e a sucessão de falhas na condução do combate à pandemia de Covid-19 no país levaram o governo a ajustar o discurso e a ação na tentativa de barrar o recrudescimento da crise.

O mês de janeiro, que já tendia a ser difícil para o presidente por causa do fim do pagamento do auxílio emergencial, alavanca de sua popularidade em 2020, foi marcado pelo caos em Manaus devido à falta de oxigênio e por sucessivos reveses e sinais de desorganização na compra de insumos e no início da vacinação no país.

Como simbolismo da situação, coube ao principal adversário político, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), dar o pontapé inicial da vacinação em território nacional, no dia 17.

Nesta sexta-feira (22), pesquisa Datafolha trouxe o diagnóstico do momento, mostrando a elevação de oito pontos percentuais na reprovação ao governo Bolsonaro, que chegou a 40% e superou novamente a aprovação (que recuou de 37% para 31%).

Apesar de a maioria se declarar contra a abertura de um processo de impeachment (53% contra 42%), a diferença não é tão grande e tende a ser revertida caso haja manutenção de uma trajetória de piora da popularidade presidencial e elevação da tensão política.

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