Porto Alegre, domingo, 06 de outubro de 2024
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Intelectualidade francesa é posta em xeque com acusações de estupro e incesto; governo quer mudar lei; RFI

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Frédéric Mion, ex-diretor da Sciences Po Paris, em 28 de maio de 2013. AP - Charles Platiau

Abalada por uma onda de acusações de estupro, incesto e pedofilia, que levou o diretor do prestigioso Instituto de Estudos Políticos de Paris (IEP) a renunciar na noite desta terça-feira (9), a França ouve as palavras liberadas das vítimas. As autoridades francesas dizem que querem agir “rapidamente” para mudar a lei que pune crimes sexuais contra menores.

Frédéric Mion, 51, diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris – conhecido como Sciences Po -, que apresentou sua renúncia na noite de terça-feira, está na berlinda desde o início do “caso Duhamel”, no início de janeiro.

De forma mais ampla, o mundo intelectual e artístico francês está abalado por acusações em série contra seus protagonistas, seja por atos de pedofilia ou estupro, na esteira dos movimentos #metoo ou #metoogay.

O cientista político Olivier Duhamel, que renunciou ao cargo de presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, que supervisiona a Sciences Po, é acusado pela enteada de ter estuprado seu irmão gêmeo quando ele era adolescente. Camille Kouchner, filha do ex-ministro da Saúde Bernard Kouchner, denunciou esses ataques no livro “La Familia Grande”, publicado em 7 de janeiro.

Alunos do Instituto de Estudos Políticos criticaram seu diretor por negar ter conhecimento das ações de Duhamel. Depois de expressar seu espanto na época dessas revelações, Mion admitiu ter sido alertado em 2018 por um ex-ministro da Cultura de acusações de incesto contra o cientista político, o que levou a pedidos pela sua renúncia.

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