Na quinta-feira 11, completam-se dois meses que vieram à tona os relatórios de inteligência orientando a defesa de Flávio Bolsonaro sobre como obter provas para anular o caso Queiroz. A advogada de Flávio Luciana Pires afirmou em entrevista à coluna que os documentos foram enviados ao senador por Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), diretamente para o WhatsApp de Flávio. Ramagem e o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, negaram que tenham relação com os relatórios. Flávio Bolsonaro é a pessoa-chave para informar de quem de fato ele recebeu os documentos. Dessa maneira, desautorizaria sua advogada ou desmentiria Ramagem e Heleno. Mas, diante do silêncio do zero um, caberia a Augusto Aras, no âmbito da investigação determinada por Cármen Lúcia, ao menos oficiar o senador e a advogada questionando-lhes formalmente sobre os fatos. Mas Aras não o fez.
Nestes dois meses, a investigação, que segue em sigilo, não se dirigiu nem a Flávio nem à advogada Luciana Pires. Restringiu-se a solicitar os documentos obtidos na investigação jornalística.
Apesar de a coluna sempre ter colaborado com as instituições para que haja plena clareza dos fatos, o pedido, em nome da preservação do sigilo da fonte, não foi atendido. Entretanto, a coluna decidiu publicar a íntegra dos dois relatórios, mantendo em sigilo os prints das mensagens no WhatsApp, para que o leitor possa conhecer seu conteúdo.
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