Seu mandato significou divisas e corrupção, privatizações e desemprego, dinheiro fácil e pobreza. Carlos Saúl Menem (1930-2021), presidente da Argentina entre 1989 e 1999, morreu neste domingo, em Buenos Aires, aos 90 anos, vítima de uma infecção que se complicava com problemas cardíacos “básicos”. Menem sucedeu a Raúl Alfonsín e liderou o retorno do peronismo ao poder após a restauração da democracia.
O país estava então mergulhado numa grave crise económica marcada pela hiperinflação, que Menem resolveu aplicando as políticas ultraliberais emanadas do Consenso de Washington. Impôs a conversibilidade um a um entre o peso e o dólar e deu início a um profundo processo de privatização. A economia argentina cresceu até 1998, enquanto incubava os desequilíbrios que culminaram com o desastre do “corralito” em 2002. Menem morreu como senador, cargo que lhe permitiu escapar das sentenças de prisão que tinha por corrupção.
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