Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Combate à corrupção da Odebrecht no México se choca contra a sombra da impunidade; El País

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Falta de transparência e de novidades marca a investigação da trama que envolve Emilio Lozoya, detido há um ano na Espanha. Emilio Lozoya Austin durante um evento em Houston, em março de 2014.AARON M. SPRECHER / BLOOMBERG

 

 

Emilio Lozoya, executivo da empresa petroleira estatal mexicana Pemex entre 2012 e 2016, foi detido há exatamente um ano num condomínio de luxo do sul da Espanha. Desde então engrossou o processo que envolve um dos homens mais próximos do ex-presidente Enrique Peña Nieto. O caso, uma ramificação da rede de subornos milionários da construtora brasileira Odebrecht, transcorre há meses em um cenário de pouca transparência e de polêmica pelos benefícios concedidos ao político em troca de colaborar com a Justiça. Com estas premissas, estende-se o temor de que o escândalo de corrupção, com repercussões nos equilíbrios políticos do México, fique impune.

A instrução entrou em uma nova fase em 28 de julho, quando a Espanha extraditou Lozoya. O ex-executivo chegou ao seu país e foi internado numa clínica particular, alegando uma anemia e problemas de esôfago, e de lá participou por vídeo da primeira audiência do processo. O Instituto Mexicano de Transparência e Acesso à Informação determinou nesta quarta-feira ao Ministério Público que divulgue o boletim médico que justificou o adiamento da prisão de Lozoya, réu por suborno e lavagem de dinheiro. As autoridades o vinculam também a outros pagamentos irregulares da siderúrgica Altos Hornos do México e de empresas relacionadas com a construtora espanhola OHL, como revelou o EL PAÍS recentemente. Naquele dia, Lozoya evocou uma figura jurídica chamada critério de oportunidade, que, na prática, faz dele uma espécie de testemunha protegida. Desde então, não pisou em um tribunal.

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