Porto Alegre, terça, 08 de outubro de 2024
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Após ato da CGU, ex-reitor da Ufpel diz que não recuará: "Se o objetivo do processo era me censurar, o tiro sairá pela culatra"; O Globo

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Pedro Hallal afirma que preferiu assinar o TAC por conta do "momento de exceção que vivemos" e volta à carga contra o governo, ressaltando que três de cada quatro mortos poderiam ter sido salvos se país não fosse "vergonha mundial" no combate à pandemia. O ex-reitor Universidade Federal de Pelotas Pedro Rodrigues Curi Hallal Foto: Divulgação

 

 

Epidemiologista e coordenador do Epicovid, principal estudo sobre a contaminação do novo coronavírus no Brasil, Pedro Hallal afirmou que continuará fazendo críticas ao governo, mesmo diante do processo disciplinar aberto contra ele pela Controladoria-Geral da União (CGU), que terminou com a assinatura de um termo de ajuste de conduta (TAC). “Se o objetivo do processo era me censurar, o tiro sairá pela culatra”, afirmou Hallal, em entrevista ao GLOBO.

Hallal e o professor Eraldo dos Santos, ambos ligados à Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), foram enquadrados pela CGU na lei dos servidores públicos por “manifestação desrespeitosa e de desapreço direcionada ao Presidente da República”. Para que o processo de infração disciplinar de menor potencial ofensivo fosse arquivado, eles concordaram em assinar o TAC.

Hallal é ex-reitor da Ufpel e, como epidemiologista, tem se manifestado de forma crítica em relação à condução da pandemia pelo governo federal. As declarações que motivaram o processo, no entanto, foram feitas durante transmissão na internet, nos canais oficiais da Ufpel no Youtube e no Facebook, para comentar o fato de Bolsonaro ter nomeado a segunda mais votada para reitora da universidade, o que foi criticado pela comunidade acadêmica.

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