Epidemiologista e coordenador do Epicovid, principal estudo sobre a contaminação do novo coronavírus no Brasil, Pedro Hallal afirmou que continuará fazendo críticas ao governo, mesmo diante do processo disciplinar aberto contra ele pela Controladoria-Geral da União (CGU), que terminou com a assinatura de um termo de ajuste de conduta (TAC). “Se o objetivo do processo era me censurar, o tiro sairá pela culatra”, afirmou Hallal, em entrevista ao GLOBO.
Hallal e o professor Eraldo dos Santos, ambos ligados à Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), foram enquadrados pela CGU na lei dos servidores públicos por “manifestação desrespeitosa e de desapreço direcionada ao Presidente da República”. Para que o processo de infração disciplinar de menor potencial ofensivo fosse arquivado, eles concordaram em assinar o TAC.
Hallal é ex-reitor da Ufpel e, como epidemiologista, tem se manifestado de forma crítica em relação à condução da pandemia pelo governo federal. As declarações que motivaram o processo, no entanto, foram feitas durante transmissão na internet, nos canais oficiais da Ufpel no Youtube e no Facebook, para comentar o fato de Bolsonaro ter nomeado a segunda mais votada para reitora da universidade, o que foi criticado pela comunidade acadêmica.
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