Aumento da infraestrutura para atender pacientes com covid-19 não alcança o ritmo da segunda onda e faltam braços para socorrer vítimas. Profissionais da saúde relatam exaustão e pacientes são atendidos em cadeiras: “Pessoas ficam mais de 24 horas sentadas”.
O Rio Grande do Sul extrapolou sua capacidade física de atender pacientes com quadro graves da covid-19 no dia 3 de março, quando o índice de ocupação de leitos de UTIs superou pela primeira vez 100%. Na rede hospitalar pública, a oferta de leitos para pessoas com quadros críticos da doença mais do que dobrou desde o início da pandemia, há um ano, e uma nova ampliação ―com 40 leitos extras― está prevista para as próximas semanas. Mas desde o final de fevereiro essa infraestrutura é insuficiente para atender a demanda, que explodiu em consequência das aglomerações recentes, somadas ao ritmo lento da vacinação e à chegada das variantes mais contagiosas do coronavírus ao Estado. Faltam braços para atender tanta gente doente. “Do ponto de vista físico, até é possível fazer uma nova adequação no hospital, porque temos um prédio novo, cujos andares estão ficando prontos e poderiam ser ofertados. O problema é que a gente esbarra nos profissionais: não temos mais médicos, enfermeiros e técnicos para trazer”, afirma a médica Beatriz Schaan, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que possui o maior volume de leitos exclusivos para pacientes com covid-19 entre as instituições de saúde da capital gaúcha.
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