Na outra ponta, gestores que defendem a manutenção ampla de atividades e circulação aprimoraram o argumento utilizado durante todo 2020, o ‘a economia não pode parar’. O bordão acabou esvaziado após ter se tornado evidente que uma política eficiente de vacinação é o que solucionaria a questão. Agora, prefeitos que querem retomar o controle sobre a circulação e o funcionamento de atividades passaram a repetir que as restrições não funcionam sem a conscientização da população. O governador Eduardo Leite (PSDB) garantiu que a cogestão será retomada após o dia 21, sem prorrogações.
Parte dos executivos das cidades segue lembrando que o próprio governo se contradiz a respeito das restrições, já que, quando a pandemia já caminhava para seu pior momento no RS, não só manteve a perspectiva de início presencial do ano letivo como flexibilizou ainda mais as regras para a reabertura das escolas. E, na sequência, com os números fora de controle, mesmo assim recorreu, sem sucesso, até o Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar reabrir parte das classes. Pedindo reserva, os mais críticos apontam a contradição em relação a educação como um indício de que o governador faz uma política do “morde e assopra” que também atrapalharia a gestão da pandemia. E que esta política já estaria sofrendo a influência do fato de Leite ter se colocado como pré-candidato à sucessão presidencial de 2022.
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