Porto Alegre, quarta, 09 de outubro de 2024
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RS: Alta dos grãos eleva custos de produção e frigoríficos reduzem abates em 2021; Jornal do Comércio

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Preço do milho e da soja, insumos básicos para alimentação das aves, afeta a cadeia produtiva ASGAV/DIVULGAÇÃO/JC

 

 

Com dificuldades para manter os níveis de produção destinados ao mercado interno, especialmente, devido a alta elevada nos preços da soja e do milho, frigoríficos do Estado vêm reduzindo os abates de aves e suínos. Com valorizações que chegaram a superar os 100% nos insumos básicos para ração, que representa até próximo de 60% dos custos de criação, diferentes plantas indústrias estão reduzindo o ritmo para equilibrar as contas.

Os reflexos virão com elevação dos preços aos consumidores e já causam interrupções em linhas de abate e demissões no setor, de acordo José Eduardo dos Santos, presidente da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs). Segundo levantamento da Asgav, caso se intensifiquem as reduções de produção por parte das indústrias, de em média 15%, resultará numa diminuição de cerca de 10,3 milhões de aves a serem abatidas, o que significa que o equivalente a 21,2 milhões de Kg de aves que deixarão de estar disponíveis para o consumidor.

A retração nos abates de aves em janeiro em relação a dezembro, de acordo com a Asgav, foi de -13,12%. Em relação a janeiro do ano passado foi de quase 14% (caindo de 72,9 milhões para 63,9 milhões de cabeças). Em fevereiro, sobre janeiro, nova queda, de 4,93%; e redução de de 11,3% ante o mesmo mês do ano passado (60,2 milhões em 2021 e 67,9 milhões em 2020).

Santos pondera que simplesmente repassar todo o custo da alta do milho e da soja aos preços que vãos aos supermercados é complexo e que a indústria está no limite do que podia absorver. De acordo com executivo, há a limitação do que se pode transmitir, especialmente com a queda na renda, o desemprego e o fim do auxílio emergencial.

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