Embora o Governo Federal ainda não tenha se posicionado, o pleito da Farsul para tornar livre a negociação, entre produtor e bancos, do valor do preço dos grãos para fins de garantias do FEE (antigo EGF), teve seu primeiro avanço.
O Banco do Brasil sinalizou com uma operação alternativa, que é idêntica em seu funcionamento e taxas, mas fora da política agrícola. A expectativa é que outros agentes financeiros sigam o modelo.
Para a Federação, não havendo alteração na regra, conforme indica a Farsul, a política passará a ser desinteressante por ser menos atrativa do que as alternativas de mercado. Isso colocaria em xeque a necessidade da política pública.
Atualmente, o FEE obriga o agente financeiro a receber o produto em garantia pelo valor do Preço Mínimo. No entanto, os preços mínimos, de maneira geral, estão abaixo da metade do preço de mercado. Isso obriga o produtor a entregar o dobro de garantias do valor que está tomando. No caso do CPP do Banco do Brasil o preço não é o mínimo, mas de referência, muito mais próximo do que está sendo praticado no mercado, exigindo bem menos garantias do produtor.
Conforme o coordenador da Comissão da Farsul, Francisco Schardong, “A Farsul continuará colaborando com o governo para construção de políticas mais eficientes, com o espírito colaborativo que sempre a regeu em nove décadas. Mas, também buscará soluções de mercado para suprir os desafios e necessidades dos produtores, indiferente de serem políticas públicas ou no mercado financeiro”, conclui.