A paralisação de cerca de dez dias nas linhas de produção de automóveis e caminhões pode ampliar a falta de veículos no país. As filas para a compra de alguns modelos já chegam a quatro meses, um problema que teve origem na suspensão das linhas de produção entre abril e junho do ano passado e que ganhou fôlego com a escassez de chips e peças este ano.
Já faltam modelos populares e lançamentos nos revendedores, e os preços ficaram mais altos. Ao menos dez fabricantes de automóveis anunciaram que vão suspender atividades diante da escalada da pandemia. Ontem, GM e Honda informaram que vão interromper temporariamente os trabalhos. Toyota, Renault, Volkswagen Caminhões, Volkswagen veículos, Scania, Volvo, Mercedes Benz e Nissan farão o mesmo.
Segundo Paulo Miguel Junior, presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Ablas), as locadoras estão recebendo em março modelos encomendados em novembro do ano passado. Com a nova onda de paralisações, a previsão de entrega de ao menos cem mil veículos, encomendados em dezembro, foi adiada do primeiro para o segundo trimestre:
— As montadoras não estão entregando tudo de uma vez. Entregam aos poucos.
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