O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não foi o único que recebeu críticas da cúpula militar, nos bastidores, sobre a troca feita pelo Palácio do Planalto no Ministério da Defesa.
Novo ministro da pasta, o general da reserva Walter Braga Netto também tem reservadamente recebido críticas de militares do governo por ter aceitado o pedido do presidente para assumir o cargo, o que, na avaliação deles, pode incentivar uma exploração política das Forças Armadas.
Também em caráter reservado, esses militares mais críticos dizem que, ao ter aceitado o posto, Braga Netto, até então ministro da Casa Civil, não respeitou a posição do ex-ocupante do cargo, o general da reserva Fernando Azevedo, e se tornou uma espécie de preposto de Bolsonaro.
O tempo de carreira de Braga Netto também é um fator que tem gerado controvérsia na cúpula militar. O general ascendeu ao cargo de comando da Defesa com um tempo inferior aos dos comandantes do Exército e da Marinha, o que é visto por integrantes da cúpula militar como uma quebra grave de hierarquia.
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