Porto Alegre, quinta, 10 de outubro de 2024
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Campanha militar da Venezuela leva 5 mil civis a fugirem para a Colômbia; O Estado de São Paulo

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Governo Maduro afirma que alvo é ‘grupo armado colombiano’, mas Colômbia diz que Caracas estaria ajudando dissidentes das Farc em sua luta contra outra facção; refugiado venezuelano denuncia que Exército matou seus pais e os fez passar por guerrilheiros. Venezuelanos que fugiram de ataques acampam em quadra em Arauquita, na Colômbia; soldados acusaram moradores de La Victoria de colaborar com a guerrilha Foto: Luisa Gonzalez/REUTERS

 

 

A Venezuela está empreendendo sua maior campanha militar em décadas, tendo como alvo o que diz ser um grupo criminoso que opera dentro de sua fronteira perto da Colômbia. A operação forçou a fuga de 5 mil venezuelanos para o país vizinho e alguns dos que se refugiaram na cidade colombiana de Arauquita denunciam que o Exército matou civis e os fez passar por guerrilheiros.

A operação – que começou com vários ataques aéreos – representa um afastamento da abordagem empregada contra as organizações ilícitas nas fronteiras. Durante anos, funcionários do governo de Nicolás Maduro toleraram e até cooperaram com esses grupos armados, muitos deles com raízes na Colômbia, enquanto transportavam drogas e outros contrabandos. Agora o país atacou um deles.

Maduro afirmou que o ataque reflete a política de “tolerância zero em relação aos grupos armados colombianos irregulares”. Mas analistas são céticos sobre a explicação. “Nunca vimos algo assim nessa escala”, disse Kyle Johnson, fundador da Conflict Responses, uma organização sem fins lucrativos com foco em questões de segurança com sede em Bogotá.

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