O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP/TCU) entrou com representação, com pedido de medida cautelar, para barrar a liquidação da estatal Ceitec, produtora de chips e semicondutores. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado quer que a corte de contas apure denúncias de irregularidades no processo e perseguições de empregados da empresa. O plenário de ministros do TCU ainda precisa analisar o pedido.
O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomendou a extinção da Ceitec em junho, e o decreto presidencial que oficializou a decisão foi publicado em dezembro. O processo de liquidação envolve a transferência de projetos e patentes da empresa para uma Organização Social, a ser criada, mas há dúvidas sobre como serão mantidas as políticas públicas hoje exercidas pela empresa.
A preocupação do TCU é com as demissões dos funcionários, que já começaram. O primeiro foi o engenheiro Julio Leão, ex-porta-voz da associação dos empregados e um dos mais ativos nos debates contra o fechamento da companhia. Os empregados foram selecionados por concurso público e cumprem regime de CLT. Embora não tenham estabilidade formal, as demissões em estatais são raras. A Ceitec tem 177 funcionários.
Leia mais em O Estado de São Paulo