Porto Alegre, sábado, 12 de outubro de 2024
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Na CPI, Planalto quer ‘culpar’ Mandetta por erros do governo na pandemia; O Estado de São Pa

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Aliados do presidente Jair Bolsonaro traçam uma estratégia para defender gestão durante o depoimento do ex-ministro da Saúde. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no salão oeste do Palácio do Planalto Foto: Dida Sampaio/Estadão

 

 

A CPI da Covid dá início nesta terça-feira, 4, à sua fase mais ostensiva, ao coletar depoimentos com potencial para aumentar a pressão sobre o presidente de Jair Bolsonaro. O colegiado vai ouvir os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. A estratégia do Palácio do Planalto é dar condições para que os senadores governistas da comissão apontem erros e contradições de Mandetta, hoje crítico de Bolsonaro.

Emissários do presidente reuniram uma série de informações sobre Mandetta e as repassaram a senadores. Além disso, perguntas que serão feitas ao ex-ministro foram preparadas dentro do Planalto e enviadas aos aliados. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, estiveram pessoalmente envolvidos no municiamento dos governistas, segundo apurou o Estadão.

Um dos pontos no qual os bolsonaristas devem insistir sugere que Mandetta foi responsável por inúmeras mortes ao recomendar que infectados só procurassem atendimento quando os sintomas se agravassem. Na época, contudo, essa era a orientação para que se evitasse o colapso no sistema de saúde. Senadores governistas estão sendo orientados a tirar a fala do contexto e a chamar Mandetta de “genocida”. A estratégia é tentar anular um “uso político” do espaço pelo ex-ministro da Saúde, pré-candidato à Presidência, em 2022.

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