Porto Alegre, domingo, 12 de maio de 2024
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Prejuízo de Bolsonaro à imagem do Brasil no mundo é em parte irreversível, diz Ricupero; BBC

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'Governo Bolsonaro é o primeiro que rompe com a continuidade que tínhamos desde que começou a Nova República, com o final da ditadura militar, em 1985', avalia ex-ministro Rubens Ricupero. O presidente Jair Bolsonaro sorri e abraça o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles CRÉDITO,VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

 

 

Mesmo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja derrotado nas urnas em 2022, uma parte do prejuízo causado por sua gestão à imagem do Brasil no exterior é irreversível, avalia o diplomata e ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente Rubens Ricupero.

“O mundo se acostumou, durante décadas, desde o fim do governo militar, a ver que os governos que se sucediam no Brasil podiam ter prioridades distintas, mas todos tinham valores compatíveis. Todos tinham uma fidelidade aos princípios da Constituição, um engajamento em favor do meio ambiente, dos povos indígenas e dos direitos humanos”, explica Ricupero.

“Essa confiabilidade foi perdida, porque, com a experiência Bolsonaro, ainda que ela termine no ano que vem, vai ficar sempre aquela dúvida sobre o futuro do Brasil. Até que ponto o Brasil não vai ter uma recaída nesse tipo de comportamento?”.

Para Ricupero, que comandou a pasta do Meio Ambiente e da Amazônia Legal entre setembro de 1993 e abril de 1994, e esteve à frente do Ministério da Fazenda de março a setembro de 1994, sob o governo Itamar Franco (PMDB), o ultraliberalismo prometido pelo ministro Paulo Guedes nunca chegou a ser colocado em prática.

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