Porto Alegre, domingo, 13 de outubro de 2024
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Maior estudo evolutivo de coronavírus confirma origem do Sars-CoV-2 de morcegos para humanos; Folha de São Paulo

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Pesquisa de cientistas da Universidade da Carolina do Norte (EUA) avaliou mais de 2.000 genomas dos coronavírus. Stringer/Reuters

 

 

Há mais de um ano, convivemos com um inimigo invisível: o coronavírus Sars-CoV-2, responsável pela pandemia da Covid-19 e que antes era desconhecido da espécie humana.

Algumas teorias de como o novo vírus passou para o homem surgiram já em 2019, com a hipótese de ser um coronavírus de morcego que primeiro infectou pangolins e depois humanos, com base na proximidade dos vendedores e clientes com esses animais em mercados de animais de Wuhan, onde foram registrados os primeiros casos.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou especialistas a Wuhan neste ano com o objetivo de encontrar respostas para essa pergunta. O relatório divulgado pela entidade no final de março sugeria a origem a partir de morcegos, mas os cientistas não encontraram evidências de que o paciente zero tenha frequentado um mercado de animais local.

Agora, o maior estudo evolutivo de coronavírus confirmou a origem do Sars-CoV-2 a partir de um coronavírus de morcegos, e não de pangolins, e ainda traz um alerta sobre a importância de investigar vírus nesses animais como uma estratégia global de monitoramento de endemias, e não apenas em situações de emergência sanitária.

A pesquisa foi conduzida no Centro de Pesquisa em Bioinformática da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC), liderada pelo professor Daniel Janies, do mesmo centro, e tem como primeiro autor o brasileiro e bioinformata Denis Jacob Machado, que é também pesquisador de pós-doutorado na UNCC.

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