Porto Alegre, sábado, 04 de maio de 2024
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Falsificação de carteira de vacinação preocupa polícia alemã; Deutsche Welle

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Liberdade concedida a vacinados impulsiona comércio de documentos falsos. Policiais afirmam que tema está sendo negligenciado por governo da Alemanha. @Matthias Stolt/CROMORANGE/picturealliance

 

 

A falsificação de carteiras de vacinação para comprovar uma suposta imunização contra a covid-19 tem preocupado a polícia alemã. Ofertas de venda e apreensões de documentos falsos passaram a ser tornar mais frequentes desde que países europeus e a própria Alemanha começaram a flexibilizar para vacinados as medidas restritivas impostas para combater a pandemia.

O presidente da Associação da Polícia Criminal Alemã, Sebastian Fiedler, teme que a falsificação de carteiras de vacinação se torne um problema de longa data. “O problema já existe hoje e permanecerá atual por bastante tempo, pois a imunização será associada ao fim de restrições básicas de direito ou a vantagens em viagens”, destacou em entrevista ao jornal Handelsblatt publicada nesta quinta-feira (13/05).

Com o documento falso, aqueles que se recusarem a tomar a vacina poderão desfrutar das liberdades concedidas a vacinados, como a não necessidade de cumprir a quarentena para viajantes imposta em vários países, acrescentou Fiedler.

O especialista defende a rápida introdução de uma carteira de vacinação à prova de falsificação. Ele acusa ainda o governo alemão de negligência neste contexto, pois o problema poderia ter sido previsto com bastante antecedência.

O presidente do Sindicato da Polícia Alemã, Rainer Wendt, tem uma opinião semelhante. Para ele, o atual modelo da carteira de vacinação não é seguro e falsificações são extremamente difíceis de serem identificadas.

Em entrevista ao Neuen Osnabrücker Zeitung, Wendt defende que, para combater o problema, a polícia tenha acesso ao banco de dados de vacinação do Instituto Robert Koch (RKI), a agência responsável pelo controle e prevenção de doenças. Até o momento, essas informações são transmitidas por centros de imunização ao RKI anonimamente.

“Isso teria que mudar. Os dados precisariam ser transmitidos na íntegra ao RKI, ou seja, com nome, dados pessoais e data da vacinação”, acrescenta. Wendt explica que o acesso a essas informações, então, deve ser liberado a policiais para facilitar o controle.

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