Porto Alegre, quarta, 16 de outubro de 2024
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O dramático resgate de imigrantes que chegam exaustos a Ceuta: “Coloque-os virados para cima”; El País

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Soldado conduz imigrante que saía da água na praia de El Tarajal, em Ceuta.BRAIS LORENZO / EFE

 

 

Os soldados espanhóis mobilizados na praia de El Tarajal, em Ceuta (enclave espanhol no norte da África), junto à fronteira com o Marrocos, para tentar conter a chegada maciça de imigrantes que desde segunda-feira trouxe mais de 8.000 pessoas à cidade autônoma, não foram suficientes para ajudar os estrangeiros que chegam exaustos às areias da fronteira. “Não temos números nem dos que levamos ao hospital”, diz Isabel Brasero, porta-voz da Cruz Vermelha. As equipes de emergência pareciam lebres percorrendo a costa. De uma ponta a outra do trecho de praia que margeia o portão que dá acesso ao posto de fronteira, repousam pessoas exaustas, quase todas de origem subsaariana.

Na praia, um jovem tenta caminhar com a vista nublada e um pequeno agasalho infantil na mão. Dois soldados pedem que passe entre as pedras do dique, mas a falta de força o faz parar entre duas rochas. Não consegue se levantar. Os militares acabam carregando-o pelos pés e pelas mãos, incentivando-o: “Vamos, lá está a Cruz Vermelha”. Finalmente, ele cai de bruços no chão e mal dá tempo de atendê-lo, pois a equipe de pessoal sanitário corre para tentar reanimar outro jovem à beira de uma convulsão por cansaço ou hipotermia. “Coloque-o virado para cima!”, gritam, antes de chegar e verificar que respira. Na segunda-feira uma pessoa morreu tentando entrar a nado em Ceuta.

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