A Secretaria da Saúde (SES) monitora e analisa os dados de vacinação informados pelos municípios no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) para avaliar medidas que possibilitem apoiar prefeituras a completarem a segunda dose de Coronavac de quem já tomou a primeira. Dados apurados no SI-PNI na quarta-feira (19/5) mostram que, das 1.650.580 doses distribuídas pelo Estado aos municípios para segundas doses (D2) da Coronavac, ainda faltam aplicar e/ou registrar 538.755 doses.
“Só vamos conseguir ter exatidão sobre as possíveis dificuldades após os municípios aplicarem todo o quantitativo que enviamos e registrarem no sistema”, explica Ana Costa, diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES. “Entre as hipóteses para os problemas alegados pelos municípios, podem estar desde falhas nos registros até migrações entre municípios, ou seja, pessoas que tomaram a primeira dose em um lugar e agora precisam tomar a D2 em outro, além de algum possível equívoco de uso da D2 como primeira dose”, acrescenta.
A partir da análise dos registros, será possível avaliar faltas pontuais e planejar, se for o caso, o remanejamento de saldos entre municípios. Desde o início da campanha de vacinação da Covid-19 no RS, em janeiro de 2021, a SES distribuiu 1.647.470 doses da vacina Coronavac aos municípios gaúchos para aplicação da primeira dose em grupos prioritários, seguindo a ordem estabelecida pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) e conforme pactuações entre Estado e municípios (municípios representados pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde, o Cosems). Todas as pactuações estão registradas nas resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Matematicamente, portanto, o Estado distribuiu doses suficientes para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos imunizados com a primeira dose da Coronavac.
“Conforme os municípios forem vacinando e registrando, vamos continuar acompanhando para entender a situação de cada local e atuar em conjunto com os gestores na busca de soluções. Se preciso, vamos recorrer ao Ministério da Saúde para completar eventuais faltas de doses. O importante é que o esquema vacinal dos gaúchos se complete para que possamos avançar na superação da pandemia”, afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.